segunda-feira, dezembro 31, 2012

2013: nunca desistir dos sonhos, nem dos desejos


Em 2013, deveremos recordar, mais do que nunca, que nunca deveremos desistir dos sonhos, nem muito menos dos nossos desejos.

E que os nossos sonhos e desejos sejam sempre os mais extravagantes.

Mesmo nos dias aparentemente sem importância, poderemos encontrar algo de muito belo, que nos faça desejar descobrir a própria essência da beleza.

Feliz Ano de 2013!

(Foto de Nadinha: Taj Mahal à distância, paisagem vista através das janelas do Forte Vermelho (Agra, 2012). Ampliar, para ver detalhes).

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Feliz Natal!




A Nadinha deseja Feliz Natal a todos os visitantes, fiéis ou esporádicos,  deste blogue.

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Dia da aletria

Um dia como hoje, tão chuvoso, húmido, aquático e sombrio, desperta-me sempre a nostalgia de navegar. Ou de comer aletria quente, que para mim, desde a infância é a "comida da chuva". 
Mas não sei fazer.

A chuva cai torrencialmente sobre o telhado de telhas de ardósia. A aletria quente rescende a doçura ou a maresia, apelando para horizontes distantes, longínquos, para viagens a outro lado, ali de onde a chuva vem.

É doce, macia, sabe a Natal, sabe à infância, sabe ao calor no inverno, sabe a estarmos todos dentro da mesma casa, no conforto, no aconchego do afeto.

Sabe ao passado, sabe ao futuro. Sabe a viver. Sabe à nostalgia de viver, uma das agri-doces sensações de calcorrear os caminhos.

quarta-feira, dezembro 12, 2012

segunda-feira, novembro 19, 2012

Aves do Paraíso









"Conheci a Beleza que não morre
E fiquei triste"

Antero de Quental

Mais uma ave esplendorosa, a Ave do Paraíso, não mítica, mas simultaneamente mítica e real. Como o pássaro Quetzal.


E um prato que a representa,

AQUI

domingo, novembro 11, 2012

FELIZ DIVALI

Hoje é um dos 5 dias  do festival Divali, ou festa das luzes, que celebra a vitória do bem contra o mal.
é um dos festivais da lua, que ainda não está cheia, mas há-de estar em breve.

Feliz Divali




sábado, novembro 03, 2012

Relax, don't do it!


(Foto da net - Facebook)

Será por acaso que se partilham fotos como esta aos milhões? Fotos de gatinhos? 
Talvez seja por isto:
Os gatinhos, quanto mais pequenos melhor, conseguem um relax que lhes dá a imensa flexibilidade própria dos felinos.
Como não somos felinos, não somos capazes deste contorcionismo relaxado, mas somos capazes de descontrair os músculos. Se não pensarmos muito. O pensamento faz-nos endireitar os músculos e a coluna.
Os médicos naturistas diagnosticam que os doentes da coluna são pessoas rígidas. Se a coluna anda rígida, pode partir. Se anda flexível como a dos felinos, não parte, mesmo que eles saltem do 4º andar...

Bom, o relax também tem relação com o fazer - preceito budista: a ação gera violência, não agir é o modo de não gerar violência. Parece que tudo isto se encontra nesta imagem, de forma simples.



quinta-feira, novembro 01, 2012

TRANSFORMAR A TRISTEZA EM INDIGNAÇÃO

terça-feira, outubro 30, 2012

La Belle Verte




La Belle Verte - versão completa, com legendas em português

Filme francês de 1996, escrito e dirigido por Coline Serreau, que também é a personagem central.

domingo, outubro 28, 2012

DIA DE NADA

VAMOS COMEMORAR O SER HOJE DIA DE NADA
PODE SER COM CHAMPAGNE
OU APENAS COM MUITA ALEGRIA E SEM DEMONSTRAÇÕES EXTERIORES

NOS DIAS DE NADA NÃO SOMOS OBRIGADOS A FAZER NADA
A ESTAR ALEGRES OU TRISTES OU SISUDOS OU RIDENTES
NÃO SOMOS OBRIGADOS A DIZER NADA: SENSATO, ESTÚPIDO, CONVENCIONAL, ABSURDO

NÃO, NOS DIAS DE NADA, COMO NO DIA DE HOJE, PODEMOS COMEMORAR O SIMPLES EXISTIR

MAS TODOS OS DIAS É OFICIALMENTE DIA DE QUALQUER COISA, DA REPÚBLICA, DA MONARQUIA, DO BEM, DO MAL, DA IGREJA, FALTA DE FÉ, DA FÉ...

TODOS OS DIAS É OFICIALMENTE DIA DE QUALQUER COISA

APROPRIARAM-SE DOS NOSSOS DIAS PARA SEREM DIA DE ALGUÉM E NÃO DIAS NOSSOS
APROPRIARAM-SE DAS NOSSAS HORAS PARA SEREM A HORA DOS OUTROS COMO ANTES ERAM AS HORAS DE DEUS

PORQUE AGORA DEUS SÃO OS OUTROS: OS HOMENS DO DINHEIRO, OS HOMENS DO PODER, ELES DESEJAM SER DEUSES
E NÓS, SE CALHAR, DESEJAMOS INCENSAR OS DEUSES: 
OS DEUSES DO PROGRESSO, OS DEUSES DA DÍVIDA, OS DEUSES DO PERDÃO DA DÍVIDA
OS DEUSES DA PLUTOCRACIA, OS DEUSES DA DEMONOCRACIA...

OS DEUSES DE NADA. OS DEUSES DE COISA NENHUMA. OS SERES SEM IMPORTÂNCIA.
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DO NOSSO DESASSOSSEGO. 
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DA NOSSA INGENUIDADE
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DA NOSSA EXTREMA BONDADE

OS CANALHAS. OS ANDRÓIDES. OS OMPHALONS! OS UMBIGOS DO MUNDO!
OS QUE DESTROEM OS MILHÕES DE UMBIGOS DO MUNDO
OS QUE JULGAM SER OS ÚNICOS UMBIGOS DO MUNDO!

(Espécie de poema em construção - talvez continue)

sábado, outubro 20, 2012

Pássaro Quetzal Resplandecente - entre a realidade e o mito




Este é o pássaro Quetzal Resplandecente, ave sagrada dos Maias. A palavra significava "penas da cauda" e os reis usavam cocares feitos com elas. É também designado por serpente de penas.

Os Maias acreditavam que não sobrevivia em cativeiro, pelo que o consideravam o próprio símbolo da liberdade. Assim, capturavam-no, arrancavam-lhe as penas e voltavam a libertá-lo para que as regenerasse. Vive atualmente em zoos, é já muito raro na natureza por ser muito perseguidos por caçadores.

Tem uma relação simbiótica com os abacates selvagens, que engole inteiros, disseminando as sementes,  permitindo a sua reprodução.

A Guatemala valoriza-o ao escolhê-lo para pássaro nacional e ao dar o seu nome à moeda local.

As penas da cauda do macho foram usadas como dinheiro em variadas terras, desde o Novo México até ao sul dos Andes.

Enfim, é tão belo, que se situa entre a realidade e o mito. A realidade nunca nos parece assim tão esplendorosa. Nem, muito menos, resplandecente.

VER AQUI EM INGLÊS

(Foto da net)

Ver também neste blogue Aves do Paraíso

sexta-feira, outubro 19, 2012

Tempo bem vivido, tempo mal vivido



Antes de haver Internet, fixei de memória uma ideia, sem fixar a citação, creio que de Luís António Verney, a não ser que fosse de António Vieira. Sei que era mencionada num livro de estudo chamado Seleta Literária...

A ideia é esta: 

Quando um período da nossa vida é bem vivido, temos a impressão, enquanto o vivemos, de que o tempo voa, mas, quando o recordamos, temos a impressão de que foi muito longo e preenchido (imaginem uma semana de férias em viagem, por exemplo, que parece mais cheio do que o ano inteiro).

Inversamente, um tempo mal vivido parece que se arrasta indefinidamente, os dias nunca mais acabam, mas, quando o recordamos, temos a impressão de que esse tempo nem existiu, pois não há nada a recordar.

Se alguém souber o autor e a citação exata (se tiver a tal seleta Literária), que diga.

terça-feira, outubro 16, 2012

Iluminuras






Guillaume Vrelant (Pintor e iluminista do Século XV)

Frontispiece of Book IX by Valère Maxime

A imagem representa os banhos públicos (medievais), locais e motivos de pazer, como se vê claramente na imagem.



segunda-feira, outubro 15, 2012

Maternidade espiritual? Que outra maternidade? "L'amour en plus"



O que é ser mãe? O que é ser filho? Talvez dar leitinho? A estes patinhos?

Vejamos:

Elisabeth Badinter, no seu livro O Amor Incerto: História do Amor Maternal do sec. XVII ao sec. XX, (*) demonstra que o amor maternal não é natural, antes uma criação cultural, algo de adquirido pela civilização. O livro só se refere a pessoas, mas os animais parecem querer dizer-nos algo mais. Civilização? Aquisição cultural?


Fica aqui uma citação do prefácio em brasileiro e o respetivo link:

"1780: o tenente de polícia Lenoir constata, não sem amargura, que das 21 mil crianças que nascem anualmente em Paris, apenas mil são amamentadas pela mãe. Outras mil, privilegiadas, são amamentadas por amas-de-leite residentes. Todas as outras deixam o seio materno para serem criadas no domicílio mais ou menos distante de uma ama mercenária. São numerosas as crianças que morrerão sem ter jamais conhecido o olhar da mãe. As que voltarão, alguns anos mais tarde, ao teto familiar, descobrirão uma estranha: aquela que lhes deu à luz. Nada prova que esses reencontros tenham sido vividos com alegria, nem que a mãe tenha se apressado em saciar uma necessidade de ternura que hoje nos parece natural. Lendo os números do tenente de polícia da capital, não podemos deixar de fazer uma pergunta: como explicar esse abandono do bebê numa época em que o leite e os cuidados maternos representam para ele uma maior possibilidade de sobrevivência? Como justificar tamanho desinteresse pelo filho, tão contrário aos nossos valores atuais? As mulheres do Antigo Regime terão agido sempre assim? Por que razões a indiferente do século XVIII transformou-se em mãe coruja nos séculos XIX e XX? Estranho fenômeno, essa variação das atitudes maternas, que contradiz a idéia generalizada de um instinto próprio tanto da fêmea como da mulher! "



(*) "L'amour en plus", tradução Elisabeth Badinter,  O Amor Incerto: História do Amor Maternal do sec. XVII ao sec. XX.- Lisboa 1998. - Editor: Relógio D' Água



quinta-feira, outubro 11, 2012

O mundo na minha pobre secretária






Gosto de pisa-papéis (ou pesa-papéis, esta coisa da foto com o pássaro). Gosto de mapas-mundos e de globos terrestres. E de navegações.

O meu pequeno mundo, digamos assim...


domingo, outubro 07, 2012

Firmeza




Firmeza

Música de Lopes Graça 
Versos de José João Cochofel

"Sem frases 
de desânimo,
Nem complicações
 de alma,
Que o teu corpo
 agora fale,
Presente e seguro
 do que vale.

Pedra em que
 a vida se alicerça,
Argamassa
 e nervo,
Pega-lhe como
 um senhor
E nunca 
como um servo.

Não seja o travor
 das lágrimas
Capaz de embargar
-te a voz;
Que a boca a sorrir
 não mate
Nos lábios
 o brado de combate.

Olha que a vida 
nos acena
Para além
 da luta.
Canta os sonhos 
com que esperas,
Que o espelho da vida
 nos escuta."

sexta-feira, outubro 05, 2012

Contestações do 5 de Outubro: Tanta hipocrisia já chateia



Firmeza

Música de Lopes Graça 
Versos de José João Cochofel

"Sem frases
de desânimo,
Nem complicações
de alma,
Que o teu corpo
agora fale,
Presente e seguro
do que vale.

Pedra em que
a vida se alicerça,
Argamassa
e nervo,
Pega-lhe como
um senhor
E nunca
como um servo.

Não seja o travor
das lágrimas
Capaz de embargar
-te a voz;
Que a boca a sorrir
não mate
Nos lábios
o brado de combate.

Olha que a vida
nos acena
Para além
da luta.
Canta os sonhos
com que esperas,
Que o espelho da vida
nos escuta."

Foi esta a canção cantada por Ana Maria Pinto, cantora lírica que regressou em abril a Portugal, depois de sete anos a estudar e a viver em Berlim

domingo, setembro 30, 2012

Menina do Mar


Está no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, chama-se Menina do Mar, é da autoria de Lalique.
É linda.

terça-feira, setembro 25, 2012

UMA DAS POUCAS COISAS QUE APRENDI NESTA [adjetivos vários] VIDA É QUE, QUASE TUDO QUE FAZEMOS DE ERRADO, PODE SER ALTERADO LOGO A SEGUIR

domingo, setembro 23, 2012

Michael Palin repete viagem de Jules Verne




Ando a ler com entusiasmo e prazer o livro Volta ao Mundo em 80 dias, de Michael Palin.
Este elemento do grupo de humoristas ingleses Monthy Pyton decidiu repetir a volta ao mundo em 80 dias, de Júlio Verne, desta vez acompanhado de uma experiente equipa de televisão da BBC, que irá filmar quase tudo.

Para além do livro existe o programa televisivo. Que gostaria de ver.

Procura repetir o percurso de Phileas Fogg, mas está tudo muito diferente. Para além de que Phileas Fogg era uma personagem de ficção. Pelo que li até agora, atrasou-se 8 dias até chegar a Bombaim...

O livro está bem escrito, lê-se com o entusiasmo de quem acompanha uma aventura e apresenta a vantagem de, na sua maior parte, narrar viagens por mar.

É difícil. Nunca acontece nada no mar. E quando acontece, não fica nada nem ninguém para o contar.

Apresento aqui, também, um excerto em vídeo, da travessia do mar Vermelho num pequeno barco, sem cobertura.

sexta-feira, setembro 21, 2012

ACORDAI!!!



Acordai de Lopes Graça, que cantei no Coral de Letras da Universidade do Porto, cantada na manifestação  / vigília em frente a São Bento, em 21 de setembro de 2012.



"Acordai,
Homens que dormis
A embalar a dor
dos silêncios vis!
Vinde, no clamor
Das almas viris,
Arrancar a flor
Que dorme na raiz!

Acordai,
Raios e tufões
Que dormis no ar
E nas multidões!
Vinde incendiar
De astros e canções
As pedras e o mar,
O mundo e os corações!

Acordai!
Acendei,
De almas e de sóis
Este mar sem cais,
Nem luz de faróis!
E acordai, depois
Das lutas finais,
Os nossos heróis
Que dormem nos covais
Acordai!"

quarta-feira, agosto 22, 2012

Debussy




Faz hoje 150 anos (22 de Agosto de 1862) que morreu o compositor francês Claude Debussy. 


Segundo Pierre Boulez, a sua obra, aqui incluída, Prélude à l'après midi d' un faune (Prelúdio à tarde de um fauno), baseado no poema de Mallarmé com o mesmo nome, seria a primeira música verdadeiramente moderna. Inconformado com as normas e revolucionário em termos musicais, também considerado impressionista, influenciou músicos como: RavelBéla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos.

Este vídeo faz acompanhar a música de pinturas impressionistas (o impressionismo foi particularmente interessante na pintura).

sábado, agosto 18, 2012

India





Nem tudo sao rosas, mas tambem existem as rosas.

quinta-feira, agosto 16, 2012

India



Veem se muitos passaros em toda a parte e tambem dentro dos templos a cantar. Entram e saem quando lhes apetece. Nao tem tanto medo das pessoas como os passaros dos outros paises.

sábado, agosto 11, 2012

Surpresa no blogue: esperem!

Para os apreciadores deste blogue, haverá uma surpresa a partir do dia 14 de Agosto, o mais tardar. 
Passem por aqui.
Ciao Amori!

domingo, agosto 05, 2012

Deus

Não consigo acreditar num deus único e macho, porque não venero o princípio masculino.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos





Para a minha mãe, que morreu, faz hoje demasiados anos. Muitas pessoas conheço melhor e há muito mais tempo do que a conheci. Gostava de animais, era bondosa... como a personagem aqui referida. Pouco mais sei...

"Que o pai seja pelo menos o universo / e a mãe seja, no mínimo a terra" como diz a canção O Amor de Caetano Veloso.



"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine."

Carta de S. Paulo aos Coríntios, Novo Testamento.

sábado, julho 28, 2012

Férias


A deliciosa solidão e a maravilhosa despreocupação das férias.
Não ser obrigado a aturar ninguém, por muito que amemos aqueles que aturamos.
Não ter nada para fazer... 

Mas talvez este dolce far niente só seja bom se for temporário.

domingo, julho 22, 2012

O tempo que escorre





A recordação dos dias intensamente vividos, incluindo aqueles em que procuramos ativamente a beleza, permite-nos  suportar  o tempo que escorre




(Foto tirada a bordo do navio (lugre) Príncipe Perfeito. Tall Ship Race - Lisboa 2012)

Chegar a casa



Estes grandes navios à vela fazem sonhar ... sonhar com nada, sonhar com tudo
Sonhar com  a partida para longes terras, sonhar viver para sempre sobre as águas.


(Foto tirada a bordo do navio (lugre) Príncipe Perfeito. Vê-se o navio escola Sagres a ser ultrapassado por outro. (Tall Ship Race - Lisboa 2012))

A VER NAVIOS E A NAVEGAR NELES




Fotos tiradas a bordo do navio (lugre) Príncipe Perfeito. Tall Ship Race - Lisboa 2012

quarta-feira, julho 18, 2012

Afecto às Catenárias

Creio que foi o ser humano que inventou a meiguice, as expressões do afeto.
E que as transmitiu aos animais domésticos. 
Que as transmitiram uns aos outros e ainda aos animais não domésticos.
Mas o único defeito do amor é essa tendência para domesticar tudo e todos: amantes e amados...
E vice-versa.


Nadinha, ou seja, Graciete Nobre


Como se nota, claramente, na foto.




P.S.: Afecto às Catenárias: expressão relativa aos comboios. Significa que algo está exclusivamente destinado às catenárias (aqueles fios elétricos que vemos por cima das carruagens). Pode ser uma carruagem destinada a consertar as peças, ou assim, etc. Pelo novo acordo ortográfico, tudo se mantém: afeto às catenárias.

terça-feira, julho 17, 2012


Não, eu gostaria de buscar um mar impoluto,

Um mar que já nem existe...

terça-feira, julho 03, 2012

Festa da Lua Cheia

Hoje é a lua cheia de Julho. Três de Julho. celebrada no oriente como o festival Guru Purnima, festejado em todas as comunidades hindus e budistas!


Como se vê neste blogue.

sábado, junho 30, 2012

Encontro

Procurei por ti em Siracusa, sabendo embora que não me encontrarás, ainda que percorras a terra inteira à minha espera.

Procurei por ti em Kalahari, sabendo embora que não me encontrarás, pois foi o tempo que nos desencontrou.

Espero por ti nos desertos, nos mares e nas cidades, sem desistir...

O tempo nos separa, o tempo nos encontra, talvez, o tempo nos junte no futuro...

Graciete Nobre

sexta-feira, junho 29, 2012

Orquídeas: O mundo é grande e vário

Monkey Face orchid, Finca Dracula, Guadalupe, Boquete, Panama
This travel blog photo's source is TravelPod page: The eagle has landed.....



O mundo é grande e vário.
Surpreendemo-nos com o que às vezes nos parece outra coisa. Como é o caso desta orquídea: "Orquídea  Cara de Macaco",  Monkey Face Orchidy.

AQUI

Por que razão existe neste planeta uma orquídea que parece a cara de um macaco? Por que razão estas semelhanças podem aparecer agora, com a Internet e vulgarizar-se com as redes sociais?
POr que razão somos nós os primeiros a podermos maravilhar-nos como esplendor da criação?


Há uma personagens de livros policiais, Nero Wolf, mais conhecido do que o seu autor, Rex Stout, que ama orquídeas e que passa uma grande parte do dia a cultivá-las na sua estufa privada, ao mesmo tempo que vai pensando na solução dos seus enigmas. Podemos compará-lo com Sherlock Holmes, também mais conhecido do que o seu autor, Conan Doyle, procurando no violino a fuga da realidade. Porque na sua realidade, o mal é constante e é preciso esquecê-lo para se poder perseguir o bem. 

O mal é tão sedutor...

E já agora acrescento esta, orquídea-pato voador



 (Foto da Internet)

domingo, junho 24, 2012

Os monges budistas e os tigres








Já aqui, neste blogue, tínhamos referido este Templo Budista na Tailândia, mas ainda só em fotografia


Vêem-se agora vídeos. Repito o que escrevi nesse antigo post:
Quando os monges católicos conseguirem fazer isto, eu reconverto-me ao catolicismo Até lá...



O Tigre e o Monge é um filme brasileiro sobre o assunto.

sexta-feira, junho 22, 2012

bom verão





ontem foi o solstício de verão. feliz verão para todos voces.
foto de passeio noturno no parque natural do monsanto, para comemorar o solstício.
de onde se ve, ao fundo, a ponte25 de abril e o cristo-rei

quarta-feira, junho 06, 2012





Gosto deste filme,  e em particular da versão italiana. Os italianos têm esta parte gira de terem os filmes cantados para eles na sua língua. La bella lengua di Dante. Que é esta versão aqui presente. 
Como, por analogia, diríamos nós, a "chata língua de Camões". Em Portugal, é chato tudo o que não é óbvio e, para muitos de nós, é ainda mais chato tudo o que é aparentemente evidente.
A "bela língua de Camões" não dá para falar de patetices.... muitas palavras indicam conceitos e todos os conceitos implicam um nadinha de raciocínio...

terça-feira, junho 05, 2012

Sarah Bernhardt




Tão mítica no teatro como Maria Callas o foi na ópera, mas anterior, eis aqui a atriz Sarah Bernhardt.
Neste vídeo,  o som foi gravado com um fonógrafo de cilindro.
Especializou-se em papéis de travesti (Hamlet, Pelléas), apesar da sua "Voz de Ouro", muito feminina, como se ouve aqui, a representar La Samaritaine  de Edmond Rostand.
Amputada da perna direita aos 71 anos, continua a representar em cadeira de rodas, recusando usar próteses.


Por semelhança com o Père Lachaise (do cemitério parisiense com o mesmo nome, onde jaz sepultada), e por representar em cadeira de rodas, algo inédito), passa a ser tratada, ironicamente, por Mère La Chaise.

sexta-feira, maio 25, 2012



Por Kiri Te Kanawa




O mio babbino caro,
mi piace,  bello bello,
vo andare in Porta Rossa
a comperar l'anello!

Si, si, ci voglio andare!
E se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio
ma per buttarmi in Arno!

Mi struggo e mi tormento,
O Dio! Vorrei morir!
Babbo, pietà , pietà !
Babbo, pietà, pietà !



E pela indescritível Maria Callas






Da ópera  opera Gianni Schicchi (1918), de Giacomo Rossini. 

quinta-feira, maio 17, 2012

IMPROVISO de Natália Correia




Um amigo meu, ou antes, alguém que ficou meu amigo depois disto, José Daniel Soares Ferreira, colocou no meu Facebook a cópia que fez este disco de vinil, Improviso, com poemas de Natália Correia, declamados pela própria.
Nem eu conhecia isto, nunca sequer tinha ouvido falar.
Mas, pelo minuto 20, talvez um nadinha antes, está um dos meus poemas preferidos, ou talvez o meu preferido, desta autora.
Intitula-se "Núpcias Químicas" e está neste mesmo blogue


AQUI


P.S.: Este conceito de "Núpcias Químicas" relaciona-se com a alquimia e também com outros rituais iniciáticos.
O lado espiritual e iniciático da obra de Natália ainda não está estudado, mas, em breve, vou colocar no Kindle a tese que fiz sobre a sua poesia, desenvolvendo este e outros aspetos, totalmente desconhecidos.
Estive para a publicar há vários anos, mas acabei por não assinar o contrato com o editor, que me deu cabo da paciência, do juízo e do tempo que perdi com isso. 


Se me arrependi? Não. O tempo mudou, tudo mudou, eu mudei. A Natália não.


Um dos motivos para este e outros documentos não serem conhecidos é a clandestinidade a que foi votada grande parte da obra de Natália Correia e da obra dos seus amigos.


O grande problema da ditadura salazarista, neste e noutros casos culturais é o não distinguir o bom, do mau, do assim assim, do medíocre. De facto, depois do 25 de Abril, quem tivesse uma obra clandestina e censurada, era considerado bom ou ótimo, dependendo do engagement político. Tal como foram esquecidos e ignorados alguns autores que eram a favor ou simplesmente não eram contra Salazar.


- Tudo isto parece mau ??? - pergunta a Nadinha...
- Só porque ainda não perceberam que agora é pior... - responde a Nadinha.


Agora, publicam-se, vendem-se aos molhos e propagandeiam-se aos molhos os livros que sejam populares e comerciais, sem qualquer respeito pela própria literatura que assim se limita à sua função de  contar histórias. histórias que estejam na moda. 


Ouvi a Natália Correia, intransigente defensora da cultura e em particular da cultura portuguesa, como muitos amigos a ouviram, dizer assim:


- Vêm aí tempos muito maus no aspeto cultural. Espero já não viver nesse tempo!


Morremos quando estamos fartos? Creio que sim.




Assinado: Nadinha






sábado, maio 12, 2012

Regressa sempre, o Tempo das Cerejas


Ver posts anteriores, neste blogue, clicando abaixo em Cerejas.

sexta-feira, maio 11, 2012

Jacintos para o espírito

"Se só tens duas moedas, com uma compra pão, com a outra compra jacintos para o espírito" - poeta persa, citado no filme italiano de Ermanno Olmi Cantando Dietro i Paraventi

sábado, maio 05, 2012

Lua Dourada







Celebra-se hoje em muitos lugares do Oriente uma festa importante, um dos mais importantes festivais da lua cheia, o Wesak, o Festival da Iluminação de Buda.
Simboliza também uma ligação espiritual entre o Oriente e o Ocidente, pois acredita-se que Buda se encontra neste dia com Cristo.


VER AQUI  (Estas coisas nunca existem em português, na Wikipédia, mas há muitas noutros sítios)

sexta-feira, maio 04, 2012

Aux marches du palais... (na escadaria do palácio...)








Quase pouco me lembrava desta bela chanson francesa. Aqui deixo a letra (paroles) e dois vídeos diferentes em termos de interpretação: de Nana Mouskouri e de Marie Laforêt. Ou vice-versa, uma com uma interpretação sensitiva e doce, a outra com uma voz potente e "colorida".



Letra
Aux marches du palais 
Aux marches du palais 
Y a une tant belle fille lonla, 
Y a une tant belle fille. 


 Elle a tant d'amoureux 
Qu'elle ne sait lequel prendre. 


 C'est un p'tit cordonnier 
Qu'a eu sa préférence. 


 C'est en la lui chaussant 
Qu'il lui fit sa demande. 


 La belle si tu voulais 
Nous dormirions ensemble. 


 Dans un grand lit carré 
Orné de toile blanche. 


 Aux quatre coins du lit 
Un bouquet de pervenches. 


 Dans le mitan du lit 
La rivière est profonde. 


 Tous les chevaux du roi 
Pourraient y boire ensemble. 


 Et nous y dormirions 
Jusqu'à la fin du monde

segunda-feira, abril 30, 2012

O Agora

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro chama-se amanhãportanto hoje é o dia certopara amaracreditarfazer e,  principalmente, viver."

Dalai Lama

quarta-feira, abril 25, 2012

Amor incondicional





Coloco neste blogue as imagens ou ideias simplesmente bonitas, e / ou espirituais, ao passo que coloco no Terra Imunda críticas a aspetos da realidade de que não gosto e episódios ou ideias que acho interessantes. Como o Terra tem muito mais "fregueses", quando quero valorizar algo em termos de divulgação, coloco lá.
Este vídeo é simplesmente bonito. E também espiritual. E já o partilhei no Facebook.


Amor Incondicional é o verdadeiro amor. O único.

sábado, abril 21, 2012

Dos homens e dos deuses



"Voici la nuit, 
_ L'immense nuit des origines, 
_ Et rien n'existe hormis l'amour, 
_ Hormis l'amour qui se dessine : 
_ En séparant le sable et l'eau, 
_ Dieu préparait comme un berceau, 
_ La terre où il viendrait au jour. 

Voici la nuit, 
_ L'heureuse nuit de Palestine, 
_ Et rien n'existe hormis l'Enfant, 
_ Hormis l'Enfant de vie divine : 
_ En prenant chair de notre chair, 
_ Dieu transformait tous nos déserts, 
_ En terre d'immortels printemps. 

Voici la nuit, 
_ L'immense nuit sur la colline, 
_ Et rien n'existe hormis le Corps, 
_ Hormis le Corps criblé d'épines : 
_ En devenant un crucifié, 
_ Dieu fécondait comme un verger, 
_ La terre où le plantait la mort. 

Voici la nuit, 
_ L'immense nuit qui s'illumine, 
_ Et rien n'existe hormis Jésus, 
_ Hormis Jésus où tout culmine : 
_ En s'arrachant à nos tombeaux, 
_ Dieu conduisait au jour nouveau, 
_ La terre où il était vaincu. 

Voici la nuit, 
_ La longue nuit où l'on chemine, 
_ Et rien n'existe hormis ce lieu, 
_ Hormis ce lieu d'espoir en ruine : 
_ En s'arrêtant dans nos maisons, 
_ Dieu préparait comme un buisson, 
_ La terre où tomberait le feu. "
                 
                                      Didier Rimaud


Deu hoje na televisão este filme que já tinha visto e que é muito bonito, baseado na realidade do massacre de frades franceses na Argélia. 


Uma personagem cita a frase de Pascal, que talvez possa traduzir assim:


"Nunca fazemos o mal tão plenamente e tão alegremente como quando o fazemos por convicção religiosa"-

“Jamais on ne fait le mal si pleinement et si gaiement que quand on le fait par conviction religieuse”. (Blaise Pascal)